quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Bônus da Educação

Bonificação é baseada na performance de alunos em uma única prova e não considera dedicação e formação dos docentes


Alvo de críticas entre docentes e demais funcionários de escolas, o bônus por desempenho pago aos profissionais da rede estadual de educação de São Paulo causa desconforto até mesmo em escolas que se destacam no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), indicador de qualidade no qual a bonificação é baseada. A escola em que trabalho foi bem, ou pelo menos foi acima da média. Recebí cerca de R$1000,00. Minha vice-diretora recebeu cerca de R$12000,00. E há ainda uma funcionária da secretaria qua não recebeu nada, e a coitada está entre os funcionários mais dedicados da U.E.
Dentro da mesma instituição, equipes que desenvolvem trabalhos pedagógicos semelhantes e utilizam as mesmas ferramentas – mesmos projetos, simulados aplicados aos alunos – podem receber bonificações que variam 1.200%.

A escola Professor João Caetano da Rocha, em Itápolis, atingiu a segunda maior nota da rede no Idesp do ensino médio, 5,51 e bateu a sua meta para esta etapa, que era de 4,07. O ciclo II também avançou de 3,19 para 4,43. Já o ciclo I, apesar de contar com o mesmo trabalho pedagógico e recursos, teve um pequeno recuo de 4,98 em 2009 para 4,51 em 2010, e não bateu a meta.

Com isso, as professoras desta etapa receberam uma gratificação menor, um prêmio de cerca de R$ 500 por estarem acima da média do Estado, que é 3,96. Já as professoras que dão aulas para as turmas do ciclo II e do ensino médio, receberam a bonificação máxima, 2,9 salários, R$ 6 mil em média.

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