sexta-feira, 23 de setembro de 2011

6 786 048 livros didáticos rasgados e jogados no lixo



DENÚNCIA!!

Isso realmente limpará a minha alma. Há dois anos e meio, ingressei no serviço público do Estado de São Paulo, e de lá para cá, conheci de perto o que já tinha ouvido falar. Estou me referindo a moleza dos servidores.
Tais servidores, com mais de vinte anos de carreira, já não ligam para nada. Não se importam com a eficácia do sistema, tampouco com sua eficiência.

Trabalho numa escola estadual, que aqui chamarei de Escola X. No fim do ano passado, quando faltava apenas duas semanas para o término das aulas, a diretora da Escola X pediu a dois guardas municipais que invadissem as salas de aula. Dentro de cada sala, ela sorteou alguns alunos para “tomar geral”, ali mesmo, na frente de todos os colegas e do professor ou professora. Quase todos os alunos sorteados eram negros. Coincidência? Talvez, não quero levantar este tipo de acusação. Mas quero lembrar que, a Guarda Municipal não tem Poder de Polícia (PP). Isso mesmo, não tem.
Depois de passar por todas as salas de aula, e terem abordado muitos alunos dentro das mesmas, abordaram um garoto de 14 anos, aluno freqüente e regularmente matriculado, que voltava do banheiro. Coincidentemente, o garoto tinha cocaína escondida no boné, e tentou correr. Acabou apanhando, e muito. E eu ali do lado sem uma câmera de vídeo ou de fotografia. Adoraria ter registrado aquele momento, e enfiar toda aquela gente na cadeia, e claro, encaminhar o garoto para uma clínica.



Acima, abordagem policial devidamente realizada pela PM do Estado de SP Do jeitinho que deve ser.


Bem, depois de apanhar muito, o garoto foi algemado, a cocaína apreendida, o levaram para a cadeia municipal. Mais tarde, o garoto voltou a Escola X, já solto e muito mais revoltado do que já era, para buscar seu boné. Estava acompanhado de um traficante, que fazia sua escolta. Isso prova que ele prefere confiar em qualquer demônio, menos na escola, que não demonstra um pingo de respeito por ele, que mesmo sem estudar, foi empurrado até a oitava série do ensino fundamental. Ano após ano, como se estivesse acompanhando o restante da classe, que, aliás, é uma classe excelente.
Agora preste muita atenção:
“Com relação à abordagem, somente os agentes públicos que possuem a função constitucional de garantir a segurança pública, bem como de investigar ou impedir a prática de crime são autorizados a realizar busca pessoal independente de mandado judicial nas condições estabelecidas pelo art. 244 do Código de Processo Penal (nos casos de prisão, de fundada suspeita ou no curso de regular busca domiciliar). Portanto, os integrantes das guardas municipais que mantêm vigilância nas instalações e logradouros municipais (parques e espaços públicos municipais), exercendo tão-somente a guarda patrimonial, nos termos do par. 8º, do art. 144, da Constituição Federal, não podem realizar busca pessoal ou qualquer outra atividade própria de polícia, por falta de competência legal. Indiscutível, todavia, que na ocorrência de flagrante podem prender e apreender pessoa e coisa objeto de crime, tanto quanto qualquer do povo pode, conforme art. 301 do CPP, em situação extraordinária e, portanto excepcional à regra, no caso de prisão, Veja todo o texto em http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9491”




Pois é, tanto eu como você, temos o poder para prender qualquer outra pessoa que se encontre em situação criminosa, e isso também vale para a Guarda Municipal. Porém, nem a Guarda Municipal, nem você e nem eu, temos o poder de abordar e revistar NINGUÉM!
Portanto, a diretora de Escola L. H. V., que dirige a Escola Estadual A. M. que fica no município de C. estado de SP, é uma incompetente, como eu mesmo disse na cara da fulana.
E falando da fulana, este ano, ela está se desfazendo de 1128 livros didáticos acumulados de dois anos para cá. Pesquisei quantas unidades escolares estaduais existem em atividade, e são 6016.



Se cada uma dessas 6016 escolas estiverem fazendo o mesmo, o que é muito provável são 6.786.048 livros didáticos jogados fora em 2011. Isso porque o Estado tem contratos com gráficas e outras, e com isso chegaram livros novos. Mas isso nada mais é que lavagem de dinheiro. Dinheiro público. A porra do meu dinheiro. Que também é nosso.
Alguém salve o proletariado. 


Deh Mendonça



ABANDONO INTELECTUAL


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ABANDONO INTELECTUAL diz respeito a negligência do pai ou da mãe que não da instrução primária ao filho. Mas para mim, é muito mais que isso. A sociedade, diariamente, abandona milhões de jovens, e para tal, conta com a ajuda do sistema.

LEIA MAIS... http://recantodasletras.uol.com.br/textosjuridicos/1196730



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Lugar de criança é na escola?

Não na escola em que trabalho como inspetor de alunos.
E a culpa é de quem? Óbvio que há um responsável imediato.
Você conhece o Diretor da escola do seus filhos
?

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A sociedade está acostumada (e obrigada pela legislação...) a delegar a educação de seus filhos ao de Estado, mas isso não é algo natural, ou seja, nem sempre foi assim. As atitudes desses pais estão sendo extremamente significativas para provocar uma discussão sobre tal questão.
LEIA MAIS... http://blog.professoralex.com/2008_03_01_archive.html


Leia este texto de Olavo de Carvalho


Abandono intelectual
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 31 de julho de 2008

O governo quer mandar à cadeia, por delito de "abandono intelectual", todo pai ou mãe de família que tente dar instrução a seus filhos em casa em vez de deixá-los à mercê do primeiro agitador comunista, chavista, gayzista, ateísta ou abortista encarregado oficialmente de pervertê-los sob a desculpa de educá-los.
O Código Penal Brasileiro assim define aquele crime: "Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar." Em nenhuma parte do Código está dito que educar as crianças em casa é privá-las de instrução.
Quer o governo persuadir-nos de que aquele que se incumbe de educar seus próprios filhos, provendo-lhes os conhecimentos, tomando-lhes lições, zelando todo dia pelo seu progresso nos estudos, assume pela instrução deles uma responsabilidade menor do que aquele que simplesmente os deixa num ponto de ônibus, ao alcance de quantos ladrões, estupradores e narcotraficantes se encontrem à espera deles no trajeto até à porta da escola ou mesmo dentro dela?
Notem bem. O Ministério da Educação foi fundado em 1930. É mais velho do que 95 por cento dos nossos conterrâneos. Mais velho do que praticamente todas as empresas particulares em operação no país. Que resultados obteve nessa longa existência? De 2001 até hoje, nossos estudantes secundários tiram sistematicamente os últimos lugares no Pisa - Programa internacional de avaliação promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas como poderia ser diferente, se o próprio MEC reconhece que 66 por cento dos professores não têm formação adequada? Ou seja: em 78 anos de esforços, o MEC deu provas cabais da sua incapacidade não só para prover uma educação de bom nível, mas até para formar os agentes encarregados de fazê-lo. Ele não é capaz de educar nem mesmo os educadores, quanto mais as crianças.
Que autoridade moral ou intelectual tem essa instituição para ditar regras sobre o que é educação e o que não é?
O presente ministro da Educação é muito elogiado por seus planos. Todos os seus antecessores também foram. E os frutos desses planos estão à vista de todos.
O sr. Fernando Haddad pode ter os talentos que bem entenda: o fato é que nunca educou ninguém - nem mesmo a si próprio. Vejam o currículo do homem: é só marxismo de alto a baixo. Depois que subiu ao Ministério, veio com umas conversas de pluralismo, de neutralidade ideológica. Por que não pensou nisso antes? Por que nunca deu o menor sinal de interessar-se pelo que quer que estivesse fora do estreito círculo de atenção da militância comunista?
Eu, que já eduquei várias centenas de jovens brasileiros e os tornei capazes de um confronto intelectual vantajoso com qualquer de seus professores universitários, não entregaria jamais um filho meu para ser educado pelo sr. Haddad, nem aliás por qualquer dos que o antecederam no cargo nos últimos vinte ou trinta anos.
Sugeri, e volto a fazê-lo, um Pisa, um teste internacional para os professores universitários, para os ministros da Educação. Se é verdade que pelos frutos os conhecereis, tenho a certeza de que os gênios do planejamento educacional brasileiro não obterão melhor classificação que a daqueles que eles educaram. Não há abandono intelectual mais danoso, triste e desesperançado, do que entregar nossos filhos aos cuidados dessas pessoas. Vejam este vídeo, por exemplo --http://www.youtube.com/watch? v=cSA239vNRGQ --, e digam se estou exagerando.
Será que não está na hora de contestar a idéia mesma de que um grupo de cérebros iluminados, pagos com dinheiro público, tenha a capacidade de planejar a educação de todo um país de dimensões continentais?
Será que não está na hora de tentar a única idéia que nunca foi tentada, isto é desregulamentar e desburocratizar a educação brasileira, reservar ao governo um papel meramente auxiliar na educação, deixar que a própria sociedade tenha o direito de ensaiar soluções, criar alternativas, aprender com a experiência?
Não, não se trata de voltar à velha disputa de escola pública versus escola privada. O que importa não é quem é o dono da escola, é o que nela se ensina. E o que nela se ensina será sempre ruim enquanto as decisões sobre as normas e padrões da educação estiverem nas mãos de políticos, de burocratas, de agitadores e manipuladores.